terça-feira, 7 de julho de 2009

O Altar dos Sacrifícios

O Tabernáculo, também designado Tenda da Congregação ou do Encontro foi um projeto ditado pelo próprio Deus a Moisés para que ali, Deus habitasse no meio do povo. Cercada por todos os lados, nada do seu interior poderia ser visto sem que antes se passasse pela porta. Havia apenas uma porta que dava acesso aos átrios (pátio interior do Tabernáculo) da presença de Deus. Esta porta é Jesus, o único caminho que leva o homem à Deus.

Até hoje a necessidade de contato com o sobrenatural é algo visível na humanidade. Muitos até tem contato com o Cristianismo, dão uma olhadinha no pátio e se espantam com um grande altar que fica defronte a porta. É uma visão chocante: uma grande churrasqueira de 2x2 metros com fogo embaixo sempre aceso, e animais, farinha e bolos sendo queimados.

Tudo o que está atrás do altar é o que o homem busca em Deus: alimento para a alma representado pelos Pães da Propiciação; revelação divina representado pelo Castiçal de 7 Pontas; adoração e oração representada pelo Altar de Incenso; a Arca da Aliança, a comunhão íntima com Deus. O Altar dos Sacrifícios porém, é o primeiro elemento a ser encarado por todos que ali entram. Os sacrifícios pelo pecado abrangiam todas as pessoas: sacerdotes, líderes, o povo coletivamente e cada pessoa em particular. Todos deveriam, ao tomar conhecimento que haviam pecado contra Deus, deveriam trazer um animal (novilho, bode, cabra, ovelha, rolinhas ou pombos), colocar as mãos sobre a cabeça deste animal, simbolizando que o mesmo carregaria seus pecados e ver seu sacrifício. O sangue do animal era aspergido e ao final derramado em frente ao altar.

Certamente esta figura leva-nos inconfundivelmente ao sacrifício de Jesus. Na cruz, seu altar de sacrifício, ele derramou seu sangue como oferta pelo pecado de toda a humanidade de todos os tempos. Um cálice amarguíssimo, mas que por amor de nós, ele bebeu até o fim. Nenhum sacrifício de sangue pelo pecado é requerido por Deus para que possamos entrar em sua presença. Obrigado Senhor Jesus.

Algo, porém, ainda nos resta, conforme lemos em Rm.12. Que apresentemos nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional. Sim, nosso corpo tem algo que Deus quer que tiremos e ofereçamos em sacrifício: a gordura. Vemos que além do sangue derramado, havia um cuidado especial para que toda a gordura do animal fosse separada e queimada totalmente no fogo. O aroma daquela gordura era agradável, dá para associar a um belo churrasco de picanha de nossos dias. Por que o Senhor diz que toda a gordura é dEle?

A ciência explica que a gordura é gerada num processo de fartura de alimentação e serve como reserva de energia para o corpo. Entendo pelo Espírito que a gordura é tudo o que sobeja no ser humano. Não somente no corpo, mas na alma e no seu espírito o homem pode acumular gordura quando recebe mais do que gasta. Ao pedir que toda a gordura seja queimada no altar, Deus ordena que tudo que Ele nos tem dado em abundância seja oferecido no altar e consumido em sua presença. Nosso corpo deve estar sujeito a Deus, nossa mente deve ser renovado para que não se conforme com as coisas deste mundo, nosso espírito deve ser cada vez mais esvaziado dos excessos deste mundo para sermos cheios do Espírito Santo.

Ser amado, elogiado, afagado é algo tão bom. Nosso coração muitas vezes está cheio, mas não dividimos esta alegria com as outras pessoas. Esperamos que elas cheguem a nós para nos dar algo, mas não temos sido vasos para dar água ao sedento, azeite para perfumar e vinho para trazer alegria. Queimemos nossa gordura sentimental, assim como disponhamos de nosso tempo de oração para interceder, para passar uma mensagem, um testemunho do que Deus tem feito em nossas vidas para que edifiquemos e consolemos outras pessoas.

Apresentemos nossos corpos, com toda sua gordura, diante de Deus e demos a Ele nossas vidas como sacrifício. A recompensa disto: conhecermos qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para nossas vidas.